VILAR DE AMARGO NAS REDES SOCIAIS

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Sinta-se mais perto desta aldeia de Portugal

Bem Vindos

A freguesia de Vilar de Amargo fica situada no extremo NE do distrito da Guarda, com concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, de que dista 8 kms, tendo por vizinhas as freguesias de Algodres (6 kms), Almendra (7 kms), Freixeda do Torrão (6 kms) e Escalhão (15 kms).Em tempos idos, pertenceu aos extintos concelhos de Almendra e Castelo Rodrigo, às comarcas de Pinhel e Trancoso e à grande provedoria de Lamego.

Mapa do Concelho

Mapa do Concelho

segunda-feira, 30 de março de 2009

LENDA - A MOURA ENCANTADA


No lugar das Quadrelas, na freguesia de Vilar de Amargo, há uma sepultura cavada num penedo, onde jaz uma moura encantada.
Um dia, dois homens encaminhavam-se para esse local, tratando a terra cultivada de cereal.
Pobres que eram, aproveitavam todos os sítios onde o centeio se pudesse desenvolver. O mais novo disse ao pai que ia tentar cavar em volta da alta rocha que ali se encontrava. Cansado de batalhar contra o duro terreno, reparou numa estreita fenda que havia no penedo. Curioso, cavou com mais afinco, para ver se descobria o que por ali estaria escondido.
Foi grande a sua surpresa quando a enxada bateu numa superfície dura. Afastou a terra e viu uma tampa. Chamou o pai e ao levantarem-na encontraram uma panela cheia de moedas de ouro. Espantados com tal descoberta, correram para casa, contando à mulher e à filha o sucedido, escondendo a panela em local seguro, jurando guardar segredo da descoberta. Alguns dias depois o rapaz começou a sentir-se mal e caiu de cama.
Chamaram o médico, mas este não foi capaz de descobrir qual o mal que afligia o moço.
Uma tarde, quando ele se encontrava sozinho em casa, apareceu-lhe uma velha, de cabelos compridos e desgrenhados, ocultando-lhe completamente o rosto que, numa voz arrastada, lhe disse que não procurasse mais riquezas junto ao penedo, pois a ousadia e cobiça podia sair-lhe cara.
Poucas noites depois, quando a família dormia a sono solto, o vulto da velha apareceu repentinamente no quarto do pai e, dirigindo-se para a cama do casal, deu-lhe duas bofetadas. O homem acordou estremunhado e perguntou à mulher qual a razão de lhe ter batido. Ela, espantada, disse não saber do que estava a falar.
Ao outro dia de manhã, quando contaram o sucedido ao filho, este pôs-se a cismar no que a velha lhe tinha dito, mas não contou nada aos pais. Tomando a refeição da manhã, pegaram nas enxadas e dirigiram-se para as Quadrelas, a trabalhar o pouco terreno que ali possuíam. Único sítio de onde tiravam sustento para a casa.
Andavam entretidos na faina de lavrar o terreno, quando do meio de umas pedras saltou uma cobra que se enroscou na garganta do arado.
Refazendo-se do susto, preparavam-se para afastar o réptil com um pau, quando repararam estupefactos que este tinha desaparecido.
Continuando a faina, o rapaz encontrou no meio de um rego um cordão com uma medalha de ouro, mostrando-o de imediato ao pai.
Este, ao ver tão valiosa peça, disse que era para a filha.
Foi então que o rapaz ouviu a voz da velha, dizendo-lhe:
- Lembra-te do que te recomendei!
Não te atrevas a dar o cordão à tua irmã. Põem-no ao pescoço da tua cadela e verás o que acontece.
O rapaz contou ao pai o que a misteriosa voz lhe tinha dito. Deixando o trabalho, regressaram a casa e seguiram o conselho da velha. Chamando a cadela, puseram-lhe o cordão ao pescoço e qual não foi o seu espanto ao verificarem que o pobre animal tinha desaparecido. Atirando com o cordão para longe, compraram um terreno com o dinheiro que tinham achado e abandonaram o local maldito, que apesar de lhes ter permitido melhorar de vida, tantas preocupações lhes tinha dado.

terça-feira, 17 de março de 2009

O CONCELHO DE FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO


MATA DE LOBOS

Orago : Santa Marinha
Festas: Santa Marinha (1.ª quinzena de Agosto), Nossa Senhora de Fátima (2.ª quinzena de Agosto) e Santo Antão (2.ª semana).

A Freguesia situa-se a 5 km a este da sede do Concelho. O mais antigo documento conhecido que menciona a Freguesia remonta a 1165 e refere-se a doações feitas por Fernando II de Leão ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar.
No ano de 1321 a Igreja de Mata de Lobos aparece incorporada na relação das Igrejas do termo de Castelo Rodrigo. A Capela de Santa Marinha foi outrora a Igreja Paroquial, como o provam as palavras do reitor Paulo Antunes Alonso nas "Memórias Paroquiais" de 1758 "… a sua igreja paroquial consta ser Igreja e mosteiro dos templários que bem o mostram as suas ruínas, por se achar no adro della muitas sepulturas com letreyros nas suas campas que declarão ser de seos cavaleiros…".
A actual Igreja Matriz tem origem na primitiva Capela de São Sebastião, apresenta como particularidade a separação da torre sineira do corpo do templo.
Foi nos campos de Mata de lobos, no local da Salgadela, que se travou a 7 de Julho de 1644 a Batalha da Salgadela, existindo no local o Padrão de Pedro Jacques de Magalhães a relatar tal evento.
A nível do património destaca-se a Igreja Matriz, a Capela de Santa Marinha, o padrão de Pedro Jacques de Magalhães, as sepulturas antropomórficas, o chafariz e os lagares.
O Rio Águeda e as arribas são locais de interesse paisagístico